quarta-feira, 5 de novembro de 2008

8º DIA – 11/07/2008 – 07h30 – SAÍDA – PUERTO MADRYN - 6ª FEIRA

Hodômetro: 46.646 km.
Puerto Madryn: El Gualicho Hostel
Caleta Olívia: El Hueso Perdidos
Quilometragem feita de Puerto Madryn a Caleta Olivia: 47.174 - 46.646 = 528 km

De Curitiba a Caleta Olivia: 47.174 - 42.919 = 4.255 km

Acordamos às 04h30, porque o João não estava se sentido muito. Eu aproveitei, depois, e fui para o banho, lavar o cabelo. Está muiito frio! Brrrrrrr! Arrumamos o carro e voltamos para o quarto para pegar a Mehl e tomar café. Saímos da pousada às 07h30, passamos no posto para abastecer. O carro fez 10,83 km/l. Passamos a rotatória às 07h45min ainda está noite, noite mesmo. Lá fora: 6,5º, 6º e caindo.
Às 08h15min entramos em Trelew. Mais um baile para sair da cidade. Eles colocam placas de sinalização para s moradores e não para quem vem de fora. Aquele problema: tem várias rotatórias e as placas ficam adiante, onde você já passou da onde queria ir. E numa placa tem a cidade que você quer, na outra não diz mais nada. Ficamos rodando na rotatória como uns tontos. Ufa! Conseguimos ler todas as placas e ir para o lado certo. Saímos da cidade às 08h30. Vamos parar em Uzcudum (isso é nome de cidade que se apresente?). Em Trelew estava 2,5º. Agora, quinze minutos depois, está esquentando um pouco: 5,5º. Agora que está amanhecendo.
São 08h43min e a temperatura está variando entre 05º e 3,5º.
Só agora consegui escrever, nem sei que horas são. Estou dirigindo há 295 km. Passamos por Comodoro Rivadávia, mais ou menos às 12h00. Para ir a Caleta Olívia tem que passar no meio da cidade de Comodoro Rivadávia. Apesar de eu estar no volante, deu para ver que parece ser uma cidade bacana. A estrada estava escorregadia, parecia que tinha sabão. Pra variar, com essas placas que eles colocam depois que a gente já passou da entrada, tivemos que voltar para achar o caminho. Agora estamos abastecendo num posto da entrada de Caleta Olívia. Não pudemos ir ao banheiro; está fechado por falta de água. O jeito é segurar até achar o hotel ou um restaurante. O carro fez 11 km/l.
Já falei que as placas de trânsito são uma piada? Acho que está se tornando repetitivo, mas tenho que escrever isso para não esquecer. A placa que significa “Sentido Proibido” (lá no Brasil seria uma seta para cima com uma faixa enviesada cortando esta seta), aqui é... não sei descrever, só sei que no Brasil significa alfândega. Isso mesmo!! A gente via aquela placa e achava que tinha uma alfândega adiante. A gente descobriu que não era alfândega, quando começamos a ver muitas placas dessas espalhadas pela cidade e os carros dando sinal de luz para nós, ou buzinando. Ah!!! Até parece que o povo aqui é português. Tão mais fácil uma seta cortada significar contramão, do que uma com sei-lá-o-quê no meio!!! Depois de rodar bastante, procurando um hotel, nessas alturas servia qualquer um (fomos em um e não tinha vaga: a moça recomendou um mais adiante; eram cabanas, mas também não tinha vaga). Até parece que esta é uma cidade muiiiito interessante. Não é turística, mas é pólo industrial, também. Tem muitas empresas aqui. Também, que idéia nossa, reservamos hotel até Puerto Madryn só, depois achamos que não precisava mais reservar. Rodamos mais um pouco até acharmos um que tinha na minha lista (El Hueso Perdidos), o segundo. O primeiro acho que não existe mais (Hotel Robert), até tinha propaganda, mas como não tem nome de rua nesta cidade, não achamos. O que achamos foi o segundo que, caraca!!! Que hotel é esse? Estou me sentindo numa daquelas cidadezinhas do México, que a gente vê em filmes. Hotel super-mega-hiper-ultra suspeito. Bem, chegamos à “esse” hotel, mais ou menos às 13:45. Como estávamos cansados, com fome, muiita vontade de fazer “pipi” e sem paciência de rodar esta cidade perdida, ficamos neste mesmo. Fomos ver o “quarto”. Bem, pra chegar no quarto tinha que passar num labirinto, primeiro. Parece que o hotel foi construído aos pedaços. Enfim, vimos o quarto, visitamos o banheiro e descemos para almoçar. Tem um “restaurante” anexo ao hotel. O que deu para pedir, não sem um certo receio, era purê de “papas” (batatas), “ensalada” mista (tomate e cebola) e milanesa de ternera (bife à milanesa). O João ainda não está muito bom da gripe nem do estômago; comeu só um pouco de purê de batata e salada. Eu e a Mehl comemos ressabiadas. Agora estamos no quarto, são 14:29, e só agora trouxemos as malas. Vamos descansar, não tem nada pra ver na cidade, nem bonita é (e com certeza iríamos nos perder de novo, melhor ficar no quarto). Bom, pelo menos tem tv no quarto. E nos deram umas toalhas, também, muito suspeitas. Descansamos um pouco. Levantamos mais ou menos às 17h00. João foi aplicar um spray nos pneus do carro, para não derrapar. Feito isto, fomos até um supermercado, pertinho do hotel, para comprar água, bolacha água e sal, galetitas (uma delícia), achocolatado pronto e gatorade. Esta vai ser nossa janta. Eu não me arrisco a jantar no restaurante, e ninguém tem vontade de sair para ver outro restaurante (se é que tem algum que valha a pena). O João está baixando as fotos no notebook e eu e a Mehl estamos vendo tv. Já fizemos lanche. Bendita chaleira elétrica!! Fiz um chá para o João, que tomou com bolacha, e eu e a Mehl tomamos o achocolatado (a Mehl falou que era horrível; eu tomei e nem é tão horrível assim). Às 20h00 o João perguntou se estava bom levantar às 06h00; prontamente a Mehl respondeu que preferia levantar as 05h00 para dar o fora daqui rápido. É, num hotel que não preenchemos ficha nenhuma... Parece hotel de refugiado. São 20h15min, e já estamos prontos para dormir.

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