Ushuaia: Paisaje Del Beagle
Levantei às 08h00 e fui tomar banho. Supresa! Não sei ligar o chuveiro. Experimentei de todas as torneiras e só sai água para a banheira. Chamei o João e ele também não sabe. Tomei banho de banheira, mesmo, e até lavei o cabelo. Depois de me arrumar, fui falar com a moça do hotel. Ela veio ensinar. É só mexer na válvula do meio. Virando, ela deixa a água só para o chuveiro. Depois, Mehl e João foram tomar banho, dessa vez, sabendo como usar o chuveiro. Tomamos café e saímos para ver o passeio de barco. A moça da recepção falou que esta época não tem pingüins. Eles vão para águas mais quentes. Descemos e quando vi o carro até esqueci do incidente do banheiro. Caracoles! O carro estava congelado, e como mandamos lavá-lo ontem, sem secar depois, congelou, também, o botão do porta-malas. As portas estavam grudadas, o pára-brisas, os faróis, tudo congelado. O João tinha deixado o spray para descongelar vidro no porta-malas e queríamos pegar mais casacos, também. Foi uma risada só. Conseguimos abrir a porta, aí ele pediu pra Mehl tentar pegar o spray. Ela não conseguia alcançar o spray. Ele teve que baixar o encosto do banco traseiro para alcançar o spray e pegou, também, os casacos que nós queríamos. Vestimos os casacos. Aí ele lembrou do porta-malas, foi e tentou abrir, mas não conseguiu, então ele colocou um pouco do spray no botão. E funcionou! Só que ele queria abrir o porta-malas pra pegar o spray e os casacos. Só que o spray já estava na mão dele e nós vestidos com os casacos! Para quê abrir o porta-malas? Depois de rirmos muito, então, ele passou o restinho de spray que tinha nos vidros do carro, mas não adiantou. Peguei água quente para descongelar, e nem assim deu certo. Coloquei água bem quente no reservatório e também não adiantou. O dono da pousada falou que quando o dia esquentasse um pouco mais, descongelaria. Resolvemos sair assim mesmo e procurar mais spray anticongelante. Por via das dúvidas, vou deixar o spray que comprar no chão, perto dos meus pés. Descobrimos, então, que o cano por onde passa a água para o limpador traseiro, estava furado. E caía água bem dentro do porta-malas! Não poderemos mais usá-lo. Também!! O que nós usamos de água para “tentar” limpar o vidro!!! Era encher num posto e dali a 200 km encher de novo... Bem, entramos no carro e fomos ao porto.
O passeio só sai às 15h00, então deixamos reservado e fomos para o Museu Marítimo e Ex-Presídio. Interessante o passeio. Foram os presidiários que construíram a cidade. Eles eram trazidos das outras partes da Argentina para cá. Assim como o pessoal da Rússia mandava os presos para a Sibéria. Foram os presos que construíram a estrada de ferro, abriram estradas, fizeram a parte de saneamento (água e esgoto). Claro que tinha uma administração, mas quem ficava no frio eram os presos, frio mesmo, pois antigamente chegava a fazer -20º no inverno, daqui. Tem histórias curiosas de alguns presos, e as celas contam estas histórias, com artigos de jornais da época, livros da penitenciária e fotos. Pra variar, tinha uma lojinha no museu. Compramos um monte de caminsetas. Depois da visita ao museu, passamos no posto, abastecemos e perguntamos se tinha descongelante. Fizeram cara de bobo, na verdade de pouco caso, e falaram que não, talvez em outro posto. Passamos em outro posto e nada. Talvez numa loja de artigos para automóveis. Quando passamos por uma rua, o João viu uma lojas destas, foi ver, mas esquecemos que era hora da “siesta”, estava fechada e só voltava a abrir às 16h00, ficando até às 20h30. O jeito foi deixarmos o carro em frente ao hotel e irmos almoçar. Voltamos ao hotel, descansamos, o João viu os e-mails e às 14h20 saímos para o passeio de barco.
São 20:17. Chegamos agora no hotel, já jantados. Gente! O passeio de barco foi bonito, mas muiiiiiito frio!!! Enquanto o barco se afastava da costa, os leões marinhos e os lobos marinhos vinham acompanhando o barco. Lembrei-me dos golfinhos em Fernando de Noronha. Show!! Eles são tão exibidos quanto os golfinhos. O leão marinho é chamado de “dois pelos” e os machos parecem que têm uma juba de leão, mesmo. São enormes. Os lobos marinhos são chamados “um pelo” e têm o focinho mais alongado. Vimos uma colônia com as duas espécies. Passamos por uma ilhota com uma espécie de pássaros que eu não lembro o nome, agora; por outra que tinha uma colônia de “cormorones”, espécie meio aparentada com os pingüins. O guia contou que nesta época, os pingüins estão na costa do Brasil, porque eles procuram onde tem mais luz. Aqui amanhece às 10 horas e anoitece às 17h30, então o dia é muito curto. O João está duvidando que pingüins existam. Nós viemos para cá para vê-los e não tem nenhum; quando voltarmos, não veremos no Brasil, também. Vimos o Farol, ou “Faro Lês Eclaireus”, como eles chamam aqui, e depois seguimos passeando pelo Canal de Beagle até as Ilhas Bridges que, segundo o guia, foram habitadas pelos primeiros moradores da região: índios que viviam nus e sobreviviam da pesca dos lobos marinhos, ovos de comorones e mexilhões. Suas “casas” eram círculos no solo, e com o passar do tempo, de tantos mexilhões que eram consumidos, e as cascas jogadas em volta destes círculos, que as “casas” se tornavam buracos no chão. A ilha é forrada com cascas de mexilhões, como se fossem nossos “sambaquis”. Recebeu esse nome – Bridges – por causa de um explorador britânico que foi o primeiro estrangeiro, um missionário, a pisar na ilha. Do topo da ilha vê-se todo o canal de Beagle, a cidade, a Cordilheira Foguina. Do meio da ilha dista, 200 km, de um lado o Oceano Atlântico; 200 km do outro, o Oceano Pacífico Sul; 2.100 km a Antártida e a 3.000 km o Pólo Sul. A Terra do Fogo tem este nome, porque quando os primeiros exploradores a avistaram dos navios, viam centenas de focos de fogo no continente. Eram os aborígenes (ou índios) que acendiam as tochas e faziam fogueiras para espantar o frio.
Quando voltamos estava quase escurecendo e dava para ver as luzes da cidade. Lindo!! O que nos deixou um pouco triste no passeio, foi a nossa máquina que não carregou direito (o João acha que foi o frio) e não pudemos tirar muitas fotos. A última que o João tirou foi da cidade se preparando para a noite. Centenas de luzinhas aparecendo. Depois que desembarcamos, pegamos o carro e fomos ver uma casa de chá, fora da cidade, no mesmo caminho onde iremos esquiar amanhã. Quem disse que achamos? O caminho estava certo, achamos a estação de esqui, mas não achamos a casa de chá. Resolvemos voltar e deixar para amanhã; durante o dia deve ser mais fácil procurar. Voltamos para o hotel, deixamos o carro na frente e fomos para a Av. San Martin, a pé, para comer. Descemos aquela escadaria de novo. Já se tornou o “caminho da roça” para nós. Na ida, tudo bem, é só descida (apesar do gelo). O pior é na volta, dá um cansaço subir aquelas ladeiras e a escadaria! Bom, agora vamos descansar.
O passeio só sai às 15h00, então deixamos reservado e fomos para o Museu Marítimo e Ex-Presídio. Interessante o passeio. Foram os presidiários que construíram a cidade. Eles eram trazidos das outras partes da Argentina para cá. Assim como o pessoal da Rússia mandava os presos para a Sibéria. Foram os presos que construíram a estrada de ferro, abriram estradas, fizeram a parte de saneamento (água e esgoto). Claro que tinha uma administração, mas quem ficava no frio eram os presos, frio mesmo, pois antigamente chegava a fazer -20º no inverno, daqui. Tem histórias curiosas de alguns presos, e as celas contam estas histórias, com artigos de jornais da época, livros da penitenciária e fotos. Pra variar, tinha uma lojinha no museu. Compramos um monte de caminsetas. Depois da visita ao museu, passamos no posto, abastecemos e perguntamos se tinha descongelante. Fizeram cara de bobo, na verdade de pouco caso, e falaram que não, talvez em outro posto. Passamos em outro posto e nada. Talvez numa loja de artigos para automóveis. Quando passamos por uma rua, o João viu uma lojas destas, foi ver, mas esquecemos que era hora da “siesta”, estava fechada e só voltava a abrir às 16h00, ficando até às 20h30. O jeito foi deixarmos o carro em frente ao hotel e irmos almoçar. Voltamos ao hotel, descansamos, o João viu os e-mails e às 14h20 saímos para o passeio de barco.
São 20:17. Chegamos agora no hotel, já jantados. Gente! O passeio de barco foi bonito, mas muiiiiiito frio!!! Enquanto o barco se afastava da costa, os leões marinhos e os lobos marinhos vinham acompanhando o barco. Lembrei-me dos golfinhos em Fernando de Noronha. Show!! Eles são tão exibidos quanto os golfinhos. O leão marinho é chamado de “dois pelos” e os machos parecem que têm uma juba de leão, mesmo. São enormes. Os lobos marinhos são chamados “um pelo” e têm o focinho mais alongado. Vimos uma colônia com as duas espécies. Passamos por uma ilhota com uma espécie de pássaros que eu não lembro o nome, agora; por outra que tinha uma colônia de “cormorones”, espécie meio aparentada com os pingüins. O guia contou que nesta época, os pingüins estão na costa do Brasil, porque eles procuram onde tem mais luz. Aqui amanhece às 10 horas e anoitece às 17h30, então o dia é muito curto. O João está duvidando que pingüins existam. Nós viemos para cá para vê-los e não tem nenhum; quando voltarmos, não veremos no Brasil, também. Vimos o Farol, ou “Faro Lês Eclaireus”, como eles chamam aqui, e depois seguimos passeando pelo Canal de Beagle até as Ilhas Bridges que, segundo o guia, foram habitadas pelos primeiros moradores da região: índios que viviam nus e sobreviviam da pesca dos lobos marinhos, ovos de comorones e mexilhões. Suas “casas” eram círculos no solo, e com o passar do tempo, de tantos mexilhões que eram consumidos, e as cascas jogadas em volta destes círculos, que as “casas” se tornavam buracos no chão. A ilha é forrada com cascas de mexilhões, como se fossem nossos “sambaquis”. Recebeu esse nome – Bridges – por causa de um explorador britânico que foi o primeiro estrangeiro, um missionário, a pisar na ilha. Do topo da ilha vê-se todo o canal de Beagle, a cidade, a Cordilheira Foguina. Do meio da ilha dista, 200 km, de um lado o Oceano Atlântico; 200 km do outro, o Oceano Pacífico Sul; 2.100 km a Antártida e a 3.000 km o Pólo Sul. A Terra do Fogo tem este nome, porque quando os primeiros exploradores a avistaram dos navios, viam centenas de focos de fogo no continente. Eram os aborígenes (ou índios) que acendiam as tochas e faziam fogueiras para espantar o frio.
Quando voltamos estava quase escurecendo e dava para ver as luzes da cidade. Lindo!! O que nos deixou um pouco triste no passeio, foi a nossa máquina que não carregou direito (o João acha que foi o frio) e não pudemos tirar muitas fotos. A última que o João tirou foi da cidade se preparando para a noite. Centenas de luzinhas aparecendo. Depois que desembarcamos, pegamos o carro e fomos ver uma casa de chá, fora da cidade, no mesmo caminho onde iremos esquiar amanhã. Quem disse que achamos? O caminho estava certo, achamos a estação de esqui, mas não achamos a casa de chá. Resolvemos voltar e deixar para amanhã; durante o dia deve ser mais fácil procurar. Voltamos para o hotel, deixamos o carro na frente e fomos para a Av. San Martin, a pé, para comer. Descemos aquela escadaria de novo. Já se tornou o “caminho da roça” para nós. Na ida, tudo bem, é só descida (apesar do gelo). O pior é na volta, dá um cansaço subir aquelas ladeiras e a escadaria! Bom, agora vamos descansar.