terça-feira, 21 de outubro de 2008

4º DIA – 07/07/2008 – 06h40 – SAÍDA – MONTEVIDÉU - 2ª FEIRA

Hodômetro: 44.784 km.
Montevidéu: IBIS Hotel
Buenos Aires: Gran Hotel Argentino
Quilometragem feita de Montevidéu a Buenos Aires : 44.978 - 44.784 = 194 km

De Curitiba a Buenos Aires: 44.978 - 42.919 = 2.059 km

Acordamos às 05h00, tomamos café. E levamos um baile para arrumar as malas no carro. Conseguimos sair às 06h40. Agora vamos em direção ao Porto de Montevidéu e depois pegar a Rota 1. Amanheceu com uma garoa e agora, às 07h20 está uma chuva forte. Amanheceu, maneira de dizer, além da chuva, uma escuridão só. Às 07h40 começou a amanhecer, clarear o dia. Paramos num posto para abastecer. Vamos pegar a balsa para Buenos Aires, em Colônia Del Sacramento, ou entrar em contato com a Buquebus (empresa que faz a travessia). Chegamos ao Porto de Colônia às 09:25. Paramos no escritório da empresa e a mocinha nos disse para correr porque o barco saía às 09:45, ou podíamos ir à tarde de 1ª classe. Qual o quê?! Esperar até a tarde era perder tempo demais e ir de 1ª classe é desperdiçar dinheiro. Foi uma correria só! Não sabíamos onde entrar, perguntava pra um, pra outro, até que achamos uma boa alma que nos levou até o guichê que vendia as passagens, só que tínhamos que deixar o carro no local (que era onde aguardava para entrar com o carro no barco) e correr uns 200 metros para comprar as passagens. Tinha uma fila enorme. Tivemos que aguardar e o tempo passando... Pagamos o absurdo de $4.564,00 (pesos uruguaios). Isso dá R$ 414,90. Passamos pela aduana, apresentamos documentos, carimbaram os passaportes. Aí, como a dona do carro sou eu, tive que correr para o carro para entrar com ele no barco, e o João e a Mehl entraram sozinhos. Cheguei no carro com a língua de fora e o coração querendo sair garganta afora. Mostrei os documentos para o fiscal (na verdade nem mostrei, não sabia o que ele ia pedir; ele viu que tudo estava em cima do banco do passageiro) e me mandou seguir com o carro para entrar no barco. Fizemos tudo isso em 20 minutos. Achei que o carro não ia passar, pois com o bagageiro no teto, o carro ficou mais alto e o barco é baixo. Mas deu na tampa!. Entrei e encontrei os dois me esperando em cima, no saguão, onde, de um lado tem poltronas, e do outro um free-shop; no andar de cima é a 1ª classe. Uffa! A travessia leva uma hora. E faz um calorão lá dentro!! É bonito, mas não dá pra ver muita coisa da travessia. É água de um lado a outro. Bem, atracamos em Buenos Aires, e para sair do barco, pudemos ir pegar o carro no subsolo do barco, todo mundo junto. O João pôde sair dirigindo. O fiscal deu uma olhadinha nos passaportes, nos documentos do carro e mandou ir embora. Pra variar, rodamos um monte até acharmos o hotel. O João fez uma conversão perigosa para voltar ao centro, pois saímos do barco sem saber para que lado ir. Depois dessa conversão perigosa, paramos num posto de gasolina e perguntamos a um guarda que estava parado ali, onde era a rua (calle) do hotel; ele nos ensinou direitinho. O problema foi com as direções das ruas. Onde tinha que virar à esquerda, não virava, tinha que ir uma rua adiante para virar. Aí, na rua do hotel, que é paralela com a principal (9 de Julho), não dava para virar porque tinha um panelaço (manifestação do pessoal do campo, na Argentina) e a rua estava interditada. Mas, enfim, chegamos ao hotel, mais ou menos às 11h00. Fizemos o check-in, deixamos as coisas no quarto (ficamos no 302), algumas coisas no cofre; tirei algumas coisas da minha mochila e deixei outras. Final da história: fomos passear e passaram a mão no meu óculos de sol e no meu porta-moedas (tinha R$ 7,00). Primeiro fomos almoçar no Burger King, eu ainda estava com meus óculos. Eu lembro que, como não havia mais sol, tirei-o e coloquei na caixinha amarela e guardei-o na mochila, junto com o porta-moedas. E o João que estava carregando a mochila, ele achou que era mais seguro com ele. Compramos camiseta do Homer Simpson e do Boca para o João e camisetas para mim. Quando fui comprar o cashmere da mãe, a moça da loja falou que a mochila estava aberta. E daí nos demos conta que tinham roubado o óculos. Agora vai ser um problema. Não sei dirigir sem óculos de sol. Cheguei no hotel fula da vida. Fui ver se tinham tirado mais alguma coisa e senti falta do porta-moedas, também. Aí, também dei falta do livro que estava lendo (O Monge Inglês). Mas acho que, este, esqueci no hotel em Montevidéu. Agora é que estou mais louca da vida, ainda. Sem óculos e sem livro!!
Bem, vamos sair de novo, daqui a pouco. Gente!!!! Deixa eu contar o que aconteceu conosco nesta 2ª saída. Fomos pela Calle Rivadavia (rua onde o João deixou o carro no estacionamento) até a Plaza de Mayo e Casa Rosada. Como o pessoal do panelaço da manhã estava na praça, tiramos fotos só de longe, pois tinha muita aglomeração. Ainda perguntei pro João se ele queria ir mais perto da Casa Rosada para tirar fotos (quase que coloco “xerox” – eu estou com a mania de falar “tirar xerox” em vez de “tirar foto”). Ele falou que era melhor não. Tinha uma gurizada jogando futebol na rua, ao lado da praça. Viemos andando e procurando uma ótica para comprar um óculos de sol para mim. Beleza! Achamos e o João também comprou um óculos para dirigir à noite, com lentes amarelas. Passamos por alguns cafés, fomos tirar fotos do Obelisco, na 9 de julho. Era mais ou menos, 16h30. Passamos por um restaurante e achávamos que íamos jantar nele. Voltamos para tomar um café num Café que o João viu, assim, de relance. E achou um bom lugar (Hipólito Café). Entramos, pedimos café e a Mehl pediu chocolate quente (estava frio). De repente, o garçom chamou nossa atenção para a TV. Era a Plaza de Mayo em polvorosa, com policiais descendo o cacete nos manifestantes. A confusão começou porque os manifestantes queriam montar acampamento em frente à Casa Rosada. Era gente apanhando, carro pegando fogo, tiros. Caraca!!! Só de pensar que tínhamos acabado de sair de lá. O Café que nós estávamos ficava a umas três quadras de lá. O garçom passou a chave na porta, porque as pessoas começaram a vir naquela direção, correndo, e ele ficou com medo que invadissem o Café. Os carros de polícia passavam com as sirenes ligadas. Algumas pessoas não sabiam o que estava acontecendo e iam na direção da praça e depois voltavam correndo. Ficamos no Café até umas 18h30, quando achamos que era seguro sair. Tiramos fotos com o pessoal do Café e com o dono, que diz que trabalhou em Curitiba, no San Martin Hotel, na década de 80. Voltamos para o hotel e sossegamos o facho. Fomos para a cafeteria do hotel, no 7º andar; o João ficou na Internet no notebook dele, a Mehl ficou na Internet no computador do hotel, conversamos com o Jose, jantamos e agora, depois de banho tomado, dentes escovados, estamos prontos para dormir. São 21h30.

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